quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Só na pedaladinha


Só na pedaladinha (23/09/18)

Era um dia já anormal, pois eu estava na faculdade... não me assusta depois de tanto tempo o meu cérebro ainda não ter se acostumado com o fato inacreditável de eu ter me formado.

Bem, lá estava eu, saindo da sala após o término da última aula e indo pegar minha bicicleta. Ahn!? Caraio, bicicleta pra ir de Lagoa Nova até Extremoz? Claro que sim, o que são 40km pedalando com fome, na lua do meio dia? Nada. Ainda mais pra alguém “atlético” como eu, que nem pra pegar ônibus eu corro.

Pior que isso, ao invés de ir pela rota mais curta, eu decidi ir pela rota que os ônibus seguem, ou seja, seguir uma coisa que nem os próprios motoristas de ônibus obedecem. Em um certo momento do percurso, quando eu subia um viaduto, tive que descer na bicicleta pra poder passar tranquilamente no mercado. Oi? Um mercado, no viaduto? Pois é, e nem me perguntem como os ônibus passavam porque eu não me lembro.

Como era muito estreito devido à quantidade de barracas, decidi colocar minha bike em pé e seguir, mas isso não me impediu de bater em uma barraca de um cara vestido de poeira e bosta, e ele tinha tanta sujeira quanto raiva, e partiu pra os paranauê. Não pensei duas vezes, corri o mais rápido que podia entre a multidão, que arrisco em dizer: pra fazer parte daquele comércio tinha que tomar banho de lama.

Longe do perigo, já respirando ares limpos, percebi que não tinha dinheiro, nem bicicleta, e nem sono, porque foi o exato momento em que acordei.

Pra mim, esse sonho significa claramente que eu estive sempre certo em não ir para a universidade de bicicleta.


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