Só na pedaladinha (23/09/18)
Era um dia já anormal, pois eu
estava na faculdade... não me assusta depois de tanto tempo o meu cérebro ainda
não ter se acostumado com o fato inacreditável de eu ter me formado.
Bem, lá estava eu, saindo da sala
após o término da última aula e indo pegar minha bicicleta. Ahn!? Caraio,
bicicleta pra ir de Lagoa Nova até Extremoz? Claro que sim, o que são 40km
pedalando com fome, na lua do meio dia? Nada. Ainda mais pra alguém “atlético”
como eu, que nem pra pegar ônibus eu corro.
Pior que isso, ao invés de ir pela
rota mais curta, eu decidi ir pela rota que os ônibus seguem, ou seja, seguir
uma coisa que nem os próprios motoristas de ônibus obedecem. Em um certo
momento do percurso, quando eu subia um viaduto, tive que descer na bicicleta
pra poder passar tranquilamente no mercado. Oi? Um mercado, no viaduto? Pois é,
e nem me perguntem como os ônibus passavam porque eu não me lembro.
Como era muito estreito devido à
quantidade de barracas, decidi colocar minha bike em pé e seguir, mas isso não
me impediu de bater em uma barraca de um cara vestido de poeira e bosta, e ele
tinha tanta sujeira quanto raiva, e partiu pra os paranauê. Não pensei duas
vezes, corri o mais rápido que podia entre a multidão, que arrisco em dizer:
pra fazer parte daquele comércio tinha que tomar banho de lama.
Longe do perigo, já respirando ares
limpos, percebi que não tinha dinheiro, nem bicicleta, e nem sono, porque foi o
exato momento em que acordei.
Pra mim, esse sonho significa
claramente que eu estive sempre certo em não ir para a universidade de
bicicleta.

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