quarta-feira, 6 de maio de 2020

Quarentena da preguiça


Sigo me enganando

Sabe quando você acaba se convencendo de algo e depois descobre que você se enganou? Tipo quando você compra algo de alguém de confiança, e depois descobre que aquilo foi roubado, e só descobre porque a polícia civil está na porta da sua casa te intimando (pelo menos tua vizinha fofoqueira vai te oferecer um café pra saber o que houve).

Sempre achei que se tivesse mais tempo eu produziria mais piadas, mais vídeos, mais podcasts e mais posts no blog, e na quarentena sabe o que eu descobri? Que eu estou produzindo menos como todo mundo. Eu acordo decidido a fazer algo de futuro, e antes de levantar da cama a Netflix já se adianta em me lembrar que eu não passo de um preguiçoso procrastinador (maldito app que me conhece melhor que eu). Minha meta é de ter 48 posts no final do ano, e eu nem preciso dizer que estou atrasado com isso (como se estar atrasado fosse algo inédito na minha vida).

Nessa quarentena eu percebi que o problema não é o tempo, o problema sou eu mesmo. Eu gasto muito tempo do meu dia fazendo nada, daí sobra pouco ou tempo nenhum pra eu fazer alguma coisa. Essa vida de nadista é complicada, e ninguém pensa nas dores musculares que a gente acumula de tanto ficar parado feito estátua. É um estilo de vida mais incompreendido que babão de político.

Esse post vai servir como um divisor de águas, eu sei que continuarei preguiçoso, mas que eu seja um preguiçoso que posta bosta frequentemente. Vídeos novos, piadas novas e podcasts novos estão saindo do forno. Vou ver se essa vida de gente que produz é tão boa quanto acordar de meio dia e almoçar na hora da janta.


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