Sigo me enganando
Sabe quando você acaba se convencendo de algo e depois descobre que você
se enganou? Tipo quando você compra algo de alguém de confiança, e depois
descobre que aquilo foi roubado, e só descobre porque a polícia civil está na
porta da sua casa te intimando (pelo menos tua vizinha fofoqueira vai te
oferecer um café pra saber o que houve).
Sempre achei que se tivesse mais tempo eu produziria mais piadas, mais
vídeos, mais podcasts e mais posts no blog, e na quarentena sabe o que eu
descobri? Que eu estou produzindo menos como todo mundo. Eu acordo
decidido a fazer algo de futuro, e antes de levantar da cama a Netflix já se
adianta em me lembrar que eu não passo de um preguiçoso procrastinador (maldito
app que me conhece melhor que eu). Minha meta é de ter 48 posts no final do
ano, e eu nem preciso dizer que estou atrasado com isso (como se estar atrasado
fosse algo inédito na minha vida).
Nessa quarentena eu percebi que o problema não é o tempo, o problema sou
eu mesmo. Eu gasto muito tempo do meu dia fazendo nada, daí sobra pouco ou
tempo nenhum pra eu fazer alguma coisa. Essa vida de nadista é complicada, e
ninguém pensa nas dores musculares que a gente acumula de tanto ficar parado
feito estátua. É um estilo de vida mais incompreendido que babão de político.
Esse post vai servir como um divisor de águas, eu sei que continuarei
preguiçoso, mas que eu seja um preguiçoso que posta bosta
frequentemente. Vídeos novos, piadas novas e podcasts novos estão saindo do
forno. Vou ver se essa vida de gente que produz é tão boa quanto acordar de
meio dia e almoçar na hora da janta.

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